segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Dissonante

Sonhei com uma descoberta
Que pode ser a chave para a liberdade.
Preciso manter a mente aberta;
Espalhar por aí toda a verdade.

Acho que sempre tive a consciência,
Mas esqueço de praticá-la.
Seria ultraje, indecência
Me recusar a seguir essa escala.

Fecho as mãos e finalmente percebo
A força que sempre tive:
Seguir minhas ideias, superar o medo;
Lutar e finalmente ser livre.

Sou a voz na escuridão!
O som perdido, esquecido.
Reverberando nos ouvidos da multidão,
Submisso, oprimido, repartido

Sou o grito, o escândalo!
Guardado em uma caixa selada.
Guerrilheiro, heroi ou vândalo;
Aprisionado em uma realidade inventada.

Tenho em mim a força da mudança
Necessária para a revolução!
De repente acordo, na esperança
De voar e dominar a imensidão!

Mas no abrir da pálpebra cansada,
Antes mesmo da lua se retirar,
Me esqueço da empreitada.
São cinco e meia, é hora de ir trabalhar...

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